O programa Recompensas pela Justiça está oferecendo uma recompensa de até 10 milhões de dólares por informações que levem à interrupção dos mecanismos financeiros do Estado Islâmico no Iraque e na Síria (EI). O EI depende de redes de financiamento e facilitação para sustentar suas operações e executar ataques na Síria e nas regiões vizinhas.
As redes do EI realizaram transferências financeiras para apoiar os esforços do EI nos campos de refugiados na Síria ao arrecadar fundos na Indonésia e na Turquia, alguns dos quais foram usados para o tráfico de crianças fora dos campos e para entregá-las aos combatentes estrangeiros do EI como recrutas potenciais.
Simpatizantes do EI em mais de 40 países enviaram dinheiro para indivíduos ligados ao EI nesses campos em apoio ao futuro ressurgimento do EI. No campo de Al-Hol, que há cerca de 70 mil pessoas e que é o maior campo de refugiados no nordeste da Síria, apoiadores do EI receberam até 20 mil dólares por mês via hawala, um mecanismo de transferência informal. A maioria dessas transferências financeiras teve origem fora da Síria ou passou por países vizinhos, como a Turquia.
As operações petrolíferas ilícitas e o tráfico de objetos arqueológicos saqueados da Síria e do Iraque também têm sido fontes-chave de receita que geram dinheiro em espécie e permitem ao EI executar suas táticas brutais e oprimir civis inocentes. Os danos causados pelo EI e o saque a patrimônios culturais e históricos na Síria e no Iraque destruíram peças e locais insubstituíveis da vida e sociedades antigas.
Moedas antigas e históricas, joias, pedras preciosas esculpidas, esculturas, placas e tabuletas com escrita cuneiforme estão entre as peças culturais que o EI traficou. Com o apoio do Departamento de Estado dos EUA, o Conselho Internacional de Museus criou Listas Vermelhas de Emergência de Objetos Culturais em Risco para disponibilizar as categorias de objetos culturais saqueados e traficados da Síria e do Iraque.