A Al-Qaeda (AQ) foi organizada por Osama bin Laden em 1988 com árabes que lutaram no Afeganistão contra as forças militares de ocupação da extinta União Soviética. A AQ se esforça para eliminar a influência ocidental do mundo muçulmano, derrubar governos “apóstatas” de países muçulmanos e estabelecer um califado pan-islâmico governado por sua própria interpretação da Sharia (sistema jurídico do Islã) que, em última análise, estaria no centro de uma nova ordem internacional. Esses objetivos permanecem essencialmente inalterados desde a declaração pública de guerra do grupo contra os Estados Unidos, em 1996. A AQ perdeu dezenas de agentes de nível médio e sênior para os esforços de combate ao terrorismo, mas continua a recrutar, planejar, inspirar e executar ataques. A AQ tem organizações afiliadas no Oriente Médio, África e Ásia e sua força atual está principalmente nessas afiliadas.
A AQ é responsável por muitos ataques em massa em larga escala. A AQ realizou três atentados contra as tropas estadunidenses em Aden, Iêmen, em 1992, e assumiu a responsabilidade pela derrubada de helicópteros estadunidenses e morte de soldados dos EUA na Somália, em 1993. A AQ também executou os atentados de agosto de 1998 às embaixadas dos EUA em Nairobi e Dar es Salaam, que mataram 224 pessoas e feriram mais de 5 mil. Em outubro de 2000, a AQ executou um ataque suicida ao USS Cole no porto de Aden com um barco carregado de explosivos que matou 17 marinheiros da Marinha dos EUA e feriu mais de 30. Em 11 de setembro de 2001, 19 membros da AQ sequestraram e derrubaram quatro jatos comerciais dos EUA – dois no World Trade Center em Nova York, um no Pentágono e o um campo em Shanksville, Pensilvânia. Os ataques de 11 de setembro mataram quase 3 mil pessoas.
Em 8 de outubro de 1999, e sob a seção 219 da Lei de Imigração e Nacionalidade e suas alterações, o Departamento de Estado dos EUA classificou a AQ como Organização Terrorista Estrangeira. Em 23 de setembro de 2001, a AQ foi incluída no Anexo da Ordem Executiva 13224. Como resultado dessa classificação, dentre outras consequências, todos os bens e participações da AQ que estavam sujeitos à jurisdição dos EUA foram bloqueados. Além disso, cidadãos e entidades estadunidenses, bem como pessoas residentes nos EUA e fundos e patrimônios regidos pelas leis dos EUA, estão proibidos de se envolver em qualquer tipo de transação com a AQ. Ademais, é crime sabidamente fornecer, tentar ou conspirar para fornecer apoio ou recursos materiais à AQ.